É sério isto: está chegando aí pela Categoria um livro que vai te impressionar, te agarrar, como aconteceu comigo desde a primeira folheada num dos recentes encontros anuais da Feira do Livro de Buenos Aires. Criaturas dispersas é o nome do livro. A autora é a argentina Natalia Gelós, jornalista e escritora.
Criaturas dispersas é uma combinação de sensibilidade e força. Sensibilidade na interação do texto com os personagens animais, mas força na intransigente crítica aos predadores humanos.
A também argentina Leila Sucari escreve na capa da edição original:
Há cachorros de rua que dizem não aos homens, um caçador que guarda uma “coleção de cabeças” dentro de casa, uma senhora bem na vida de quem as baratas devoraram um eletrodoméstico importado, meninas que enterram corpos de pássaros como “girinos azuis” e rinocerontes brancos que apenas perduram em troca da perda da liberdade.
Os textos curtos do livro são contos, análises, notícias, impressões e introspecções, organizados em quatro partes: Terra, Água, Ar e Fogo.
Me desculpe, mas tenho de te desejar duas coisas: alguma ansiedade até ter o livro nas mãos e muito prazer ao ler essa maravilha de texto.